sábado, 24 de dezembro de 2011

Revista Exame (Dezembro de 2011) destaca Balneario Camboriu e Itajai

"O poder de quem distribui a riqueza

REGIÕES

8 - LITORAL NORTE CATARINENSE

9 - LITORAL PARANAENSE

10 - SUL MARANHENSE.
"Governar é construir estradas", dizia o ex-presidente Washington Luís - e, por que não?, também ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos. Nunca a famosa frase foi tão verdade quanto agora. Apenas 12% de nossas estradas são pavimentadas Desde os anos 50, a malha ferroviária encolheu 21%. Ironicamente, é o sucesso brasileiro na produção de commodities que expõe o gigantesco atraso do país em infraestrutura. O reverso da moeda são os poucos exemplos de sucesso no terreno da logística,um punhado de cidades que estão enriquecendo ao ajudar a mover a riqueza do interior para os centros consumidores e para o mercado externo. Isso fica claro nas três regiões ligadas ao setor de transporte que despontam dentre as mais dinâmicas do país, segundo a consultoria Deloitte. O exemplo da região de ltajaí, composta de12 municípios catarinenses, é didático ao revelar os ganhos de eficiência conquistados após a iniciativa privada obter concessões de portos públicos ou criar os próprios terminais. Com a atividade portuária em alta em Itajaí, todo o entorno foi beneficiado. Com isso, a vizinha Balneário camboriá tornou-se um dos maiores fenômenos imobiliários do país - seis dos 15 maiores prédios residenciais em construção estão na cidade. A lição que fica é que o desenvolvimento demanda um alicerce sólido - e que são imensas as oportunidades para quem entende as necessidades de um pais que emerge.



[REGIÃO 8 - LITORAL NORTE CATARINENSE]

UMA ECONOMIA MOVIDA PELO MAR

MARIANA SEGALA, DE ITAJAÍ

"Aqui construímos apartamentos com tapetes de mármore nas salas", diz Rogério Rosa, de 57 anos, na sala de espera de sua empresa, a construtora Embraed. Quarenta anos atrás, Rosa ganhava avida vendendo cachorro-quente. Hoje é um dos homens mais ricos de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, com um Porsche, um Jaguar, um Rolls-Royce e uma Mercedes na garagem e uma carteira de dez edifícios em construção. Como empresário, Rosa está no centro de um dos grandes fenômenos imobiliários do Brasil. Seis dos 15 maiores prédios residenciais do país estão sendo erguidos hoje em Balneário Camboriú. Dois deles, tocados pela Embraed, terão 46 andares cada um. A expansão imobiliária fez da cidade a segunda mais verticalizada do país, atrás de Santos, em São Paulo. A linha contínua de prédios joga uma cortina de sombra sobre a praia. Enquanto a prefeitura busca formas de avançar a faixa de areia sobre o mar,garantindo o bronzeado dos turistas, as construtoras procuram novos terrenos. Em Praia Brava, na vizinha Itajaí, já foram expedidas licenças para a construção de 100 edifícios.

Vista de cima, a região, formada por 12 municípios, parece ser uma grande cidade. Uma mesma mancha urbana une Balneário Camboriú a Itajaí e Navegantes cidades famosas por seus portos que, juntos, formam o segundo maior complexo de contêineres do Brasil. É por eles que escoam 33% das exportações de frango do país. E é justamente o aumento da atividade portuária, em conjunto com o turismo vigoroso, que explica a prosperidade materializada em arranha-céus e apartamentos com "tapetes de mármore". Itajaí, responsável por 70% do PIB da região, concentra o polo logístico, com armazéns, agências marítimas e transportadoras instaladas ao redor do porto. O setor emprega quase 12000 pessoas. Estima-se que cada um dos 650000 contêineres que devem passar neste ano pelos portos de Itajaí e Navegantes faça circular 1500 reais por toda a cadeia.

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É em Balneário Camboriú que ficam dos 6 dos 15 prédios residenciais mais altos em obras no Brasil

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O histórico de crescimento da região de Itajaí é resultado direto da eficiência do setor privado. Parte do porto controlado pela prefeitura foi concedida em 2001. Atualmente, a empresa holandesa APM Terminals arrenda dois dos quatro berços de atracação e é a operadora preferencial dos outros dois. Em cinco anos, a movimentação de carga triplicou. Um novo impulso para a região veio em 2007, com o início das operações do Portonave, terminal privado erguido em Navegantes pelo grupo Triunfo, sediado em São Paulo, com o fundo suíço Backmoon. O Portonave - um dos seis melhores operadores do mundo, segundo a publicação britânica Lloyd's List - já é responsável por metade dos contêineres que passam pelo complexo. Agora, a região começa a receber empresas do setor de petróleo e gás. No ano passado, a Keppel Singmarine, de Singapura, comprou as instalações do estaleiro TWB, em Navegantes, para fabricar rebocadores e navios de apoio para plataformas offshore. A holandesa Huisman, que produz guindastes de suporte para plataformas, deve instalar na cidade sua primeira fábrica no Brasil. Se for mantido o atual ritmo de crescimento, a região que envolve Balneário Camboriú, Itajaí e Navegantes terá em 2015 uma economia equivalente à da área de Joinville, maior PIB do estado."

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